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Translocadas

“Translocadas” reúne três artistas da cena: Aline Vallim (Brasil), Paola Ferraro (Paraguai) e Veronica Navarro (Argentina). A partir do trânsito e o encontro dessas artistas, em parceria com o “Oitão Cênico” grupo do Cariri cearense e com direção musical de Difreitas Alumioso (Juazeiro do Norte/CE), adentramos na criação cênica, problematizando “corpos contingentes” que transitam no chão da América Latina, o fazer artístico e o próprio processo criativo enquanto procedimentos poéticos de descolonização. Intencionamos buscar um diálogo brincante e poroso com o espectador a partir de uma obra aberta e em contínuo processo.

Portifólio [Clique aqui]

APRESENTAÇÃO

O encontro do grupo ‘Oitão Cênico’, com o músico e luthier Difreitas Alumioso, bem como, com as três artistas da cena Aline Vallim (Brasil), Paola Ferraro (Paraguai) e Veronica Navarro (Argentina) em trânsito no Cariri cearense teve como crítica inicial os atravessamentos de uma América Latina colonizada, machista e racista. Por meio dessa observância propomos adentrar em um processo cênico criativo, na busca por um diálogo poroso com o espectador, tentando revelar minimamente essas linhas divisórias e imaginárias que demarcam limites humanos e reforçam o preconceito perpetuado por aqueles que estabelecem as convenções sociais e, por conseguinte, questionando o nacionalismo moderno que divide as fronteiras. Nessa perspectiva, se trata não apenas de uma investigação cênica enquanto resultante de um projeto estático, mas, sim, das implicações de possíveis desconstruções do corpo e da cena. Pensar como o chão do Cariri traz uma contingencia de desconstrução em múltiplas possibilidades, visibilizando corpos que foram enterrados sem cuidados pela história

Galeria de fotos
Ficha técnica

ATUAÇÃO

Aline Vallim, Paola Ferraro e Veronica Navarro

 

DIRETOR MUSICAL

Difreitas Alumioso

 

DESIGNER GRÁFICO

Breno Ximenes

 

EDITOR DE IMAGENS E SOM

João Heriberto

 

CONCEPÇÃO DE FIGURINOS, ADEREÇOS

O Grupo

 

COSTUREIRA

D. Fátima

 

CONCEPÇÃO E TÉCNICO DE LUZ

Mauro Cesar

 

TÉCNICO DE SOM

João Heriberto

 

PRODUÇÃO CULTURAL

Aline Vallim, Paola Ferraro, Veronica Navarro e Oitão Cênico

 

DIREÇÃO

Mauro Cesar

Topo
JUSTIFICATIVA

Como mudar as formas de fazer, de pensar, de estar no mundo pós-moderno, sendo uma América Latina colonizada, saqueada, governada política, econômica e culturalmente pelas elites? Um caminho possível seria considerar a importância de escutar, de abrir os sentidos, habitar as experiências. Como artistas-pesquisadores deixar de falar tanto, sair ao mundo, olhar para a realidade e interpela-la, utilizando outras lógicas diferentes das impostas pela cultura hegemônica ocidental. Nesse processo de criação, onde os (as) artistas envolvidos vivem em constante trânsito entre países, em seu próprio país em e entre regiões e mesmo nas localidades, problematizamos que o dialogo se faz necessário dentre as fronteiras que limitam e nos separam do outro, na busca de estabelecer interlocuções que nem sempre são harmônicas, logo desse contato emergem facetas do desconhecido, muitas vezes de forma conflituosa. No entanto, é imprescindível o trânsito e o afetar-se na troca, pois consideramos importante a criação de mundos diversos, onde todas e todos possamos habitar, desde outros discursos, fazeres e sentidos recuperando os saberes populares, outros olhares do espaço, da natureza, vivendo um tempo diferente e fazendo frente à imposição da globalização e sua lógica de mercado. A relevância do projeto, considerando o cenário contemporâneo das artes do espetáculo, dentro do qual os esforços apontam cada vez mais na direção de processos formativos inter, trans e multidisciplinares, a presente proposta segue o seguinte fluxo de delimitação: 1) parte da macro área artes cênicas, nesta compreendendo os percursos do teatro, da dança e cultura popular (em especial o reisado com sua performatividade e multiplicidade de linguagens); 2) O ‘corpo contingente’ enquanto caminho de desconstrução e construção de múltiplas possibilidades corporais do (a) sujeito (a), enquanto modus vivendi nas artes performáticas, em particular as que têm no corpo seu principal canal. Logo, esse projeto amplia a pesquisa desenvolvida ao longo dos 09 (nove) anos de existência do grupo ‘Oitão Cênico’ que busca consolidar uma poética pautada na experimentação cênica. A teatralidade do grupo se encontra no palco e na rua, se inter-relacionando com o palhaço, a performatividade, a intervenção urbana e a dança-teatro. Neste contexto, os artistas do coletivo desde sua origem são estimulados pela busca de uma dramaturgia do corpo, sendo assim, ao dialogarmos com três artistas oriundas da dança esse entendimento possibilita outros caminhos de composições dramatúrgicas, bem como, adentrarmos na cultura popular do Cariri.

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